Para Serra, Polícia Militar não cometeu excessos durante confronto na USP

Brasília - O governador de São Paulo, José Serra, disse hoje (10) que a Polícia Militar não cometeu exageros durante confronto na Universidade de São Paulo (USP). Para o governador, a PM apenas cumpriu ordem judicial. Policiais da tropa de choque entraram ontem (9) em confronto com professores e funcionários da instituição, que estão em greve desde o dia 5 de maio reivindicando reajuste salarial. A confusão começou depois que os policiais tentaram dispersar os manifestantes que fecharam um dos portões de acesso da universidade. A polícia usou bombas de gás lacrimogênio, de pimenta e atirou balas de borracha. A polícia permanece no campus. "A polícia não cometeu nenhum exagero e obedeceu uma ordem judicial. A reitora pediu [reintegração de posse] e o juiz determinou que a PM entrasse para assegurar o livre ingresso e a saída da universidade", afirmou Serra, após encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede provisória da Presidência da República. Em nota, a polícia negou ter agido com violência e afirmou que reagiu à aproximação "ameaçadora e hostil" dos manifestantes. "No momento em que uma guarnição foi cercada por manifestantes, os quais, de mãos dadas, isolaram policiais militares ao centro, de forma ameaçadora e hostil. Houve necessidade de intervenção da tropa, com a utilização de equipamentos não letais e técnicas específicas para restauração da ordem", diz a nota divulgada ontem (9). Mais de 200 professores da USP decidiram hoje pedir a saída da reitora Suely Vilela e eleições direta para o cargo. Os docentes querem também a saída da polícia do campus.

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