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Novos trechos do depoimento do ex-secretário de Suprimentos de Aracruz Welington Lorenzutti a promotores município levantaram suspeitas da relação do prefeito Ademar Devens (PMDB/foto) com o Instituto Futura. Responsável pelas licitações do município, Lorenzutti confessou que a empresa foi beneficiada em troca de um "pacote pronto" de pesquisas.

No depoimento, prestado na Promotoria do município no dia 20 de março, o ex-secretário confirmou a relação entre o prefeito e o Instituto Futura. De acordo com ele, o Futura oferecia um pacote completo - incluindo as pesquisa e a publicação na mídia - e junto fornecia todos os elementos da licitação.

As revelações do ex-secretário também são claras quanto ao bom resultado. De acordo com Lorenzutti, no momento em que as pesquisas apontavam Ademar Devens, até então candidato à reeleição, como o favorito na disputa, com 75% das intenções de voto, o processo era pago pela prefeitura.

O primo do prefeito, o ex-secretário de Gabinete Rubens Devéns, seria responsável por ficar com a maior parte da propina sob a justificativa de fazer o caixa de campanha. Sem mencionar o nome de Ademar Devens, Lorenzutti declarou que Rubens usava sua posição para cobrar a propina dos vencedores das licitações no município.

Durante as últimas eleições, o Instituto Futura foi alvo de diversas suspeitas de manipulação nos resultados. Os candidatos fora da área de interesse do jogo montado pelo palácio Anchieta que não reagiram às investidas do instituto acabaram sucumbindo nas urnas. Quem preferiu o caminho da reação acabou conseguindo derrubar a armação.

A forma de atuação do Futura é conhecida nos meios políticos desde o início do período eleitoral, quando ainda se discutiam alianças e o lançamento de candidaturas. Nesta fase, a atuação do instituto inibiu que muitos candidatos fora do círculo de interesses do palácio Anchieta colocassem seus nomes na disputa.

Encerrada a primeira etapa do esquema, o Futura passou a influenciar diretamente no processo eleitoral com a divulgação de um arsenal de pesquisas até o dia do pleito. Todas sob suspeita de manipulações, fato que motivou até a detenção de pesquisadores do instituto no interior do Estado.

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